Instituto Pensar - Taurus critica decisão de Bolsonaro de zerar imposto de importação de armas

Taurus critica decisão de Bolsonaro de zerar imposto de importação de armas

por: Igor Tarcízio 


Em nota, a empresa afirma que a medida vai levar brasileiros a importarem armas fabricadas pela empresa no exterior em vez de adquiri-las no país (Imagem: Reprodução/Getty Images)

Nesta quarta (9), a Taurus, maior fabricante de armas do Brasil, afirmou em nota que vai priorizar investimentos fora do Brasil após decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro de zerar a alíquota de importação de pistolas e revólveres a partir de janeiro de 2021.

Em nota, a empresa afirma que a medida vai levar brasileiros a importarem armas fabricadas pela empresa no exterior em vez de adquiri-las no país. A Taurus diz que a medida irá atingir a criação de empregos e a arrecadação de impostos no Brasil.

"Lamentavelmente, a medida irá acelerar o processo de priorização de investimentos nas fábricas da Taurus nos Estados Unidos e na Índia, em detrimento aos investimentos que iriam gerar mais empregos e riquezas no Brasil?, diz no comunicado ao mercado. Confira a nota na integra.

Sem impacto

Apesar disso, a empresa afirma que o impacto da resolução não causará efeito significativo em suas operações, pois o mercado doméstico é inferior a 15% de suas vendas, cujas margens são inferiores às das exportações. "Além do que, somos uma multinacional com fábrica nos EUA e uma futura operação na Índia o que nos dá as mesmas vantagens da resolução da Camex?.

A decisão de Bolsonaro foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira. A iniciativa foi aprovada em reunião extraordinária da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligada ao Ministério da Economia, realizada na terça-feira (8).

Alíquota zero

A alíquota para importar pistolas e revólveres é, atualmente, de 20% do valor do produto. A isenção passa a valer a partir de janeiro de 2021.

Para zerar o imposto, a Camex incluiu revólveres e pistolas na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC), em que a alíquota de uma série de bens é igual para países do Mercosul.

Com informações do Poder 360




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